A atividade física regular tem
aumentado entre as crianças. Contudo, especialistas recomendam que ela faça
parte do dia-a-dia de maneira equilibrada, respeitando suas habilidades motoras
e sua capacidade de aprendizado.
O esporte é importante para a
saúde e para o bem-estar do ser humano. Para a criança pode ser um fator
fundamental de desenvolvimento, desde que contribua de forma positiva para o
seu físico e para a sua mente. Porém não deve ser imposto como obrigação ou como
imposição do desejo dos pais de transformar seus filhos em atletas.
Entre
os quatro e os seis anos, a criança deve começar a ter contato com o esporte de
maneira prazerosa, como uma brincadeira. Ela deve aprender a correr, pedalar ou
praticar alguma atividade física em grupo, sem nenhum compromisso maior. Nessa
idade, a criança deve experimentar várias modalidades esportivas, sem obrigação
de aprender suas técnicas específicas. Com aproximadamente oito anos, é bom
deixar que ela se direcione para determinado esporte, de acordo com suas
habilidades e preferências.
A
partir dos doze anos, ela passa a se interessar pelos esportes competitivos.
Essa é a melhor fase para identificar a modalidade esportiva ideal para os
filhos, sempre respeitando os limites de acordo com a idade. Os pais devem
sempre evitar que a criança fique a maior parte do tempo diante da TV ou do
computador.
Quando
a atividade física é tratada como brinquedo ou diversão, sem regras, há mais
chances de conquistar a criança. Dados da Academia de Pediatria mostram que 75%
das crianças obrigadas a praticar esportes de que não gostam deixam de
praticá-los por volta dos quinze anos, com grandes chances de tornarem-se
sedentárias.
Alguns
pais que praticam determinado esporte direcionam o filho para esse esporte, até
de forma inconsciente. Se houver muita pressão e ele não conseguir
corresponder, o peso pode se tornar grande demais, com conseqüências negativas
para o equilíbrio emocional e físico da criança. Pais esportistas devem usar o
esporte para aumentar a convivência, estimular a atividade física regular e
melhorar a qualidade de vida familiar.
A
pré-adolescência é um ótimo momento para introduzir a musculação, pois nessa
fase os hormônios começam a entrar em ação, deixando o organismo mais receptivo
ao uso da força física.
Os
esportes coletivos, como basquete, vôlei ou futebol proporcionam troca de
experiências e ajudam a criança a se relacionar melhor. Os esportes
individuais, como tênis ou ginástica olímpica, exigem bom auto-conhecimento, atenção
individualizada e são bastante direcionados para um objetivo a alcançar. Ambos
desenvolvem a coordenação motora e permitem trabalhar todos os músculos do
corpo.
Alguns
esportes exigem que a criança comece a treinar seriamente bem cedo, isto é, por
volta dos cinco ou seis anos. Eles exigem atenção dobrada dos pais, pois o
esporte competitivo, nesta idade, pode ser lesivo ao aparelho locomotor,
prejudicando o seu desenvolvimento natural.
A
atividade esportiva praticada pelo menos três vezes por semana, durante uma
hora, produz aumento do gasto calórico, melhora a capacidade aeróbica,
desenvolve a massa muscular e estimula o sistema neuropsicomotor.
As duas
primeiras décadas de vida são fundamentais para o crescimento ósseo e o
amadurecimento biológico. Entretanto, o excesso de treinamento, sem períodos de
descanso indispensáveis ao organismo, pode trazer prejuízos, tais como
diminuição ou até interrupção do crescimento, cansaço, desânimo, deficiência de
aprendizado, sistema imunológico debilitado e corpo mais suscetível a lesões.
Os pais devem ficar atentos ao esporte praticado por seus filhos, observando se
o programa de atividades é adequado para a sua idade e para o seu bom
condicionamento físico.
Por:
Flávia Leão Fernandes http://maisequilibrio.terra.com.br/
Flávia Leão Fernandes http://maisequilibrio.terra.com.br/
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